26 dezembro 2006

Memórias póstumas

Fim de ano, nada como uma retrospectivazinha básica...
Na verdade, eu tenho tanto o que lembrar desse ano, que não tenho palavras suficientes p/ expressar tudo, então vou falar pouco. Na verdade, vou falar de pouco assunto, os mais marcantes. Depois comento algo mais.

Pois é, esse ano eu tive uma vida conjugal, efetivamente. Ok, comecei a morar sozinho ano passado, mas esse ano é que as coisas já estavam mais certinhas, mobília, essas coisas. Esse ano é que eu tbm deixei de morar sozinho, que minha 'esposa' morou comigo. Entre aspas pq era por lei, de acordo com o novo Código Civil, e não por um casamento real. Que teria ocorrido em julho, mas não aconteceu.

Morar com alguém é uma experiência e tanto... Dividir a vida é coisa grande! Tem lados bons e ruins. Pra quê falar dos ruins? Morar com alguém é bom. Não falta assunto, não tem silêncio. Agora, veja você, eu saio p/ onde quero, volto a hora que quero. Por outro lado, às vezes (poucas, admito, mas existem) não tem onde ir. Tá tudo fechado, sei lá! Ficar sozinho é bom, às vezes, mas de vez em quando dá tristeza.

Era bom chegar em casa e ter alguém esperando, alguém p/ encher o saco que quer ver novela, alguém p/ ficar empurrando à noite da cama. Ficar sozinho direciona o papo p/ o papel (computador, no meu caso). Ter alguém me faz valorizar meu espaço, ficar sozinho me faz valorizar as companhias. Ambas situações são boas. Ambas devem ser vividas com moderação.

Mas, após idas e vindas, em um começo de setembro foi de vez, e não teve mais volta. E a vida não é assim? Após isso, minha vida ainda muda de novo. Começo minha faculdade, conheço gente nova, amigos novos, agitação. Revivo alguns bons dias de 2003/2004.

Daí, em um fim de novembro, encontro finalmente uma raposa. Continuo vivendo bem, valorizando cada vez mais meus novos amigos, e tendo o respeito e consideração de quem jogou seu livro de regras fora p/ ficar comigo. Gosto que respeitem meu espaço, já que a liberdade é direito natural! Também gosto de quem sabe respeitar seu próprio espaço.

E ano que vem já tenho algumas mudanças grandes em vista... Mas tem coisas que não mudam mesmo... Continuo incorrigível...

Obs.: pois é. Nunca havia citado a hoje ex-esposa. De tanto que fui cobrado para tal. É péssimo ter alguém cobrando as coisas. Criatividade não surge por cobrança. E quanto mais se cobra, parece que mais ela se assusta, e se esconde lá num cantinho do cerebelo, onde ela nunca deveria estar (cerebelo cuida do equilíbrio, não da criatividade). Por isso que não consigo encontrá-la.

Engraçado citar alguém num texto "póstumo" como esse. Mas tudo resume-se a duas coisas: Ana Paula, talvez você nunca leia isso, mas tivemos uma boa vida, foi bom o tempo que passamos, e foi bom morar contigo. Letícia, você VAI ler isso, e temos/teremos uma boa vida, e você será a primeira-dama! Acostume-se!

Passado e presente se confundem p/ formar o futuro. Nós é que escrevemos o futuro. Não existe 'se for p/ acontecer, acontece'. Não nos acomodemos. Não deixemos 'a vida nos levar'. Somos mais importantes que isso...
Vida, oh vida...

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