30 novembro 2006

Amo as pessoas...

Era final de 2003. Eu nem ia sair.

Quatro e pouco da manhã, meu consciente já tinha ido p/ Passárgada, e o inconsciente dominava. Me lembro de pouca coisa sobre esse ponto. Só que estávamos de costas um p/ o outro, aí nos trombamos, nos viramos, e eu peguei a mão dela, e nos beijávamos apaixonadamente.

Depois de um tempo, coloquei minhas mãos em sua face, apertei de leve suas bochechas com minhas palmas, olhei bem nos olhos azuis e grandes dela, e disse o que era impossível não dizer. "Eu te amo e quero passar o resto da minha vida com você". Ela retribuiu, e nos abraçamos e nos beijamos mais uma vez.

Ainda morava com minha mãe, que estava viajando. O lugar que estávamos era perto de casa, então fomos andando. Não me lembro de ter saído do lugar onde estávamos, lembro-me apenas de caminhar a seu lado. Não havia o que dizer. Palavras eram totalmente dispensáveis. Nada que fosse dito poderia sequer aproximar-se da energia que nos envolvia, do calor, do magnetismo, de qualquer outra entidade da Física. Aliás, a Física não explicaria. Não era algo concreto, palpável. Era de outro mundo.

Eu só conseguia olhar aquele rosto perfeito, naquela noite perfeita. Aqueles olhos me olhando de volta me faziam queimar. Sim, eu amava aqueles olhos mais que minha vida. Me lembro de termos feito amor. Sim, foi amor. Me lembro de tê-la beijado ternamente. De tê-la abraçado. De ter dito que jamais amaria alguém como a amava. De ouvir o mesmo. De dormir de mãos dadas. Eu morreria por ela.

Me lembro de ter acordado sem saber onde estava. Levou alguns segundos p/ meu cérebro reconstituir a noite anterior. Olhei p/ o lado e vi a coisa mais linda do mundo. Acordamos juntos, e nos olhamos um pouco tímidos. Ela se vestiu, eu me vesti. Eu me apresentei, ela se apresentou. Não me lembro do nome.
Aos poucos, ficamos mais à vontade. Tomamos um suco e comemos um pão com manteiga.
Falamos amenidades, rimos um pouco.

Ela foi embora. Antes de ir, me abraçou e me beijou. Disse que me amaria p/ sempre. Eu assenti, ela se foi, voltei a dormir.

Quando acordei, sozinho, não sabia mais se aquilo acontecera mesmo, ou se eu havia sonhado. Ainda sentia um perfume, mas poderia ser impressão. Quando vi os copos, fiz algo que não fazia havia anos. Chorei como uma criança. De alegria, de amor. Por saber que eu vivera um sonho.

Nunca mais nos vimos.
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Essa história é real. Eu não menti. Nunca vou esquecê-la. Nunca vou deixar de amá-la, e sei que ela também não. Essa foi a noite em que tudo foi possível. Em que todo o amor do mundo era nosso - meu e dela. Depois desse dia, nunca mais vi a vida da mesma forma.

A melhor coisa que aconteceu foi não termos mais nos visto. Agora eu posso sonhar com a perfeição na minha vida. Vivemos um conto de fadas, quando tudo termina com um 'felizes para sempre'. Não tivemos a vida p/ nos atrapalhar, nos jogar numa rotina e fazer todo o amor acabar em comodidade. Tenho certeza que ela também sonha comigo, e assim nos amaremos p/ sempre.
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É ótimo tocar, sentir, tatear. Melhor ainda é quando isso é desnecessário. Melhor ainda é quando o leve toque das mãos é suficiente p/ se morrer pelo próximo!

E porquê tudo isso agora? Pq é como eu me sinto! Livre, e apaixonado pelo mundo!

28 novembro 2006

Acreditar em deus? Nesse aí? Não...

Eu acho que acreditaria em deus. Tentaria, ao menos. Se o conceito fosse um pouco mais razoável.

Não dá p/ imaginar um deus que seja totalmente bom e totalmente poderoso. Não combina com o mundo em que vivemos. Lembram-se do que o Arquiteto falou, na Matrix? Que a primeira versão era um paraíso, mas falhou, pois os homens têm o péssimo hábito de competir. Claro ora, somos animais!

Mas como um deus completamente bom permitiria isso? Ah, o livre arbítrio, alguns berrarão lá no fundo. Então deus não é bom, ora! "Ah, faça o que vocês quiserem, inclusive matar o mais fraco, que lhes é permitido, pois eu lhes dou liberdade p/ o que quiserem". Não, nada de bondade nisso.

Eu prezo a liberdade mais do que muita gente que conheço, e esse é um dos motivos que eu não acredito que deus exista. Ora, liberdade vigiada? Não existe... Mas ao menos sejamos razoáveis. Ok, deus existe, e é totalmente poderoso. Mas não é bondoso. Aí tudo bem, as coisas começariam a fazer sentido. Na verdade, eu diria que ele não estaria nem aí p/ gente. Fez o universo, deus a patada inicial no Big Bang, e caiu fora.

Ou então o contrário: deus é mais poderoso que a gente, deus é bondoso, mas não é TODO poderoso. Ele não tem poder total sobre o que a gente faz, sobre o futuro. Já implica na impossibilidade da onisciência, claro. Mas é razoável.

Agora, um deus totalmente bom, totalmente poderoso, e que sabe de tudo (presente, passado, futuro) não existe. Não há bondade nenhuma em ver uma criança passando fome (África, conhecem?), ter o poder p/ impedir que isso aconteça (e nem precisa ser uma carruagem do céu trazendo alento, pode ser só maná caindo do céu. Ele já fez isso antes. Será que ele só é bom com os judeus?) e simplesmente decidir não fazer nada, e alegar que é por causa do livre arbítrio. Bom, acho que essa criança não pode escolher entre passar ou não passar fome, pode?

E que história é essa de ter que acreditar nele sem a menor evidência de sua existência? Não dá nenhuma pista, e eu tenho que acreditar pq um outro humano vem e me fala??? Ora, e o humano que veio me falar que deus vai estar no próximo cometa, e que eu devo me suicidar p/ acompanhá-lo? Como dizer que esse último é que está errado?

Ora, ora, ao menos uma coisa faz sentido em tudo isso. Se deus existir e perdoar todos os que se arrependem, pq alguém simplesmente não pediria perdão? Bom, eu não pediria. Eu não acho que devo pedir perdão por não ter acreditado em um outro humano que veio com uma historinha sem prova alguma. Se deus existir e quiser que eu acredite nele, acho bom ele aparecer. Nada de subjetividades. Quero como no velho testamento. Senão, não peço perdão nenhum!

24 novembro 2006

Análise de preces - Pai Nosso

Bom, a leitura da Bíblia está aguardando. Acho que minha universidade é cristã, e não quer que eu continue este projeto, então me enche de coisas p/ fazer...

Enfim, enquanto isso não sai, eu gostaria de fazer uma análise sobre algumas preces que a maioria das pessoas simplesmente repete, nem se preocupa em saber o que está falando, os contextos, etc, etc. Começarei com o pilar do cristianismo: Pai Nosso.
Meus comentários estão em outra cor.

Primeira estrofe
Pai nosso, que estais nos céus
Ahã
Santificado seja o vosso nome
Incrível como é parecido com a forma que deveriam dirigir a palavra aos imperadores romanos: Ave César, que teu reinado seja próspero, que teu nome seja lembrado por 1000 anos, que tua mulher seja gatinha e dê herdeiros bonitos, blablabla. Puro puxa-saquismo herdado de Roma.
Venha a nós o vosso reino
Contradição. Segundo a Bíblia, esta terra será do capeta. Os justos é que vão ao reino de deus, não o reino dele que virá até nós (nós não, que eu não vou, nem quero que venham. Tô sem VIP).
Seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu
De novo, o mesmo papinho que usavam com imperadores romanos. Só adicionaram o 'céu' na frase, pois a jurisdição de deus, teoricamente, cobre uma área maior. Engraçado como esse puxa-saquismo antes de pedir alguma coisa funciona até hoje em algumas repartições públicas, e até em algumas empresas privadas...

Segunda estrofe
O pão nosso de cada dia nos dai hoje
Tá vendo? Falei? Puxou o saco p/ depois pedir alguma coisa. E olha que o pedido não é pouco hein.
Perdoai-nos as nossas ofensas
Engraçado pedir perdão por algo que a gente nem sabe que fez
assim com nós perdoamos a quem nos tem ofendido
Ah, chantagem hein! Pede, mas já joga: 'faz tal coisa p/ mim que eu tô fazendo o mesmo pelo seu outro filho'.
E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal
Ué, e o livre-arbítrio? Como assim, 'não nos deixeis fazer alguma coisa'? Nós é que decidimos, não é? Incrível como tem gente que não aceita a liberdade... Que prefere ser mandada. Existe um paralelo entre estes e aqueles que gritam até hoje que a ditadura era MUITO melhor. Enfim, alguns nasceram para comandar, mas a maioria para obedecer...

Amém
Amém

Sabe o que é pior, senhor crente? Que se deus existir mesmo, ele vai me perdoar, pq ele seria tããão bom que tenho certeza que não seria rancoroso a ponto de me castigar por eu não acreditar nele, sendo que ele não dá a menor evidência de que existe. E você vai se roer de raiva! E pior ainda: vai sentir raiva e vai p/ o inferno! Rá, rá rá!

14 novembro 2006

Estréia fotolog [acimadedeus]

Atenção crentes babões que me odeiam

Agora vocês podem ter um rosto para direcionar suas preces furiosas.
Agora vocês poderão saber QUEM é este herege que vos fala!
Agora vocês poderão imprimir minha face e colocar na boca do sapo, na macumba, no altar, onde vocês quiserem (dizem que a prece/mantra/feitiço/bobagem funciona melhor com a foto, não só com o nome).

Não deixem de visitar:
fotolog [acimadedeus].

Ah, podem falar o quanto quiserem que eu sou feio. Minha auto-estima vai me dizer que é inveja de vocês! :-)

12 novembro 2006

A tristeza do Pierrot

Pierrot é um perdedor.

Pierrot ama Colombina, que ama Pierrot E Arlequim. Mas a história só menciona a tristeza de Pierrot. Em uma das versões, Colombina escolhe Arlequim e abandona Pierrot. Em outra, as coisas ficam em aberto, e cada um decide o que Colombina deveria fazer (eu já opinei: ficar com os dois).

Mas o que faz Pierrot ser um perdedor?
Na versão em que ele é rejeitado e Arlequim é escolhido, ele fica triste, chora, bebe e arruma briga no bar. Pois é exatamente que faz dele um perdedor. Se ele realmente ama Colombina, deveria ficar feliz por ela ser feliz! Portanto, o que a peça mostra é que Pierrot não amava Colombina: ele queria a felicidade de quem? De si mesmo, e não da Colombina. Aí perdeu a moça e foi ao fundo do poço. A rejeição da moça trouxe mais tristeza que sua felicidade. Qual é o sujeito mais importante, então?
E não soube nem perder com altivez. Nem aceitar a derrota.

Já sobre o Arlequim, nem se fala de tristeza. Tudo bem, ele foi o escolhido, deve ter ficado bem feliz. Mas e até ser escolhido? Ele e Pierrot eram amigos, dialogavam, e ele sempre criticou a tristeza crônica de Pierrot. E quando ele falava sobre Colombina a Pierrot (antes de saberem que os dois amavam a mesma moça), falava de paixão e lascívia, não de tristeza. Já Pierrot, o perdedor, só sabia falar de drama. O que nem é de todo ruim, pois Colombina só se apaixonou por Pierrot justamente por causa dos olhos tristes dele. Quanta tristeza!

E o que aconteceu quando os dois vêem-se frente a frente com sua amada, e descobrem que se trata da mesma mulher? O mané do Pierrot só soube falar que era horrível, era o fim do mundo, que não dava mais p/ viver, blablabla, enquanto Arlequim continuava desejando a moça, falando "bobageira" (falando sobre desejo, dos beijos, da boca, das ancas).

Coisa horrível essa: Colombina deseja dividir-se em corpo e alma para dar o corpo ao Arlequim e a alma ao Pierrot. Só que ela é de carne e osso, então, Arlequim já sai na vantagem. Mas vejamos sempre o lado bom da vida: quando Colombina morrer, Pierrot pode se suicidar e se encontrar com seu amor.

Em tempo: Pierrot é um emo.

10 novembro 2006

O que é a vida p/ você?

"O sujeito foi ao médico, e ouviu que se não parasse de fumar charutos, morreria em 6 meses. Apenas disse:
- Mas doutor, os charutos SÃO a minha vida."

De que adianta negar algo p/ ter uma vida mais longa, se esse algo é o que faz a vida valer a pena? Teremos uma tortura maior?

Sabe, eu realmente gostaria de viver pra sempre. Se alguém dissesse p/ mim que se eu frequentasse todas as missas/cultos/o que o valha de todas as igrejas/templos/o que o valha de todas as religiões todos os dias, eu viveria p/ sempre, eu faria sem nem pensar duas vezes. Se eu nunca mais pudesse comer pizza, eu aceitaria. Se eu nunca mais fosse ver nenhum dos meus amigos, eu aceitaria. Enfim, eu faria QUALQUER COISA pra viver eternamente. Eu tenho uma ligação muito forte com a vida... Adoro viver, e acho que aproveito bem minha vida.

O problema é: se eu vou morrer de qualquer jeito, pq fazer frescura? Pq eu pararia de beber, pq eu pararia de frequentar bares, p/ viver 1 ou 2 anos a mais (isso sem falar que nem existe garantia nenhuma. Eu posso morrer atropelado saindo da igreja).

Daí a pergunta: vale a pena rejeitar o que nos dá prazer em nome de saúde, por exemplo?

O que eu só trocaria por uma vida eterna? O que faz com que eu seja feliz:
1 - Bar e amigos
2 - Livros. Muitos.
3 - Conhecimento, possibilidade de aprender
4 - Debates, discussões
5 - Uma bunda, mas não qualquer bunda. Aquela de tamanho de médio p/ grande, redondinha sob qualquer ângulo, dentro de uma calça jeans não muito baixa, precedida por uma cintura fina, e com coxas grossas na sequência. Aquela que me faz passar vergonha (sim, me sinto envergonhado por virar pra trás p/ acompanhar o passeio. Me sinto um pedreiro. Mas algumas me fazem passar essa vergonha). Mas é só p/ olhar. Mais que isso faria perder o encanto.

O inferno é a possibilidade. Deus está na certeza. O demônio está na dúvida.

09 novembro 2006

O Pequeno Príncipe

É um dos livros mais curtos que já li. Incrível como tão vasto conteúdo pode caber naquele pequeno maço de folhas. Sinceramente, da primeira vez que li, deixei passar várias coisas. Relendo, agora, quase chorei. Estou em êxtase (obrigado, raposa, meu segredo, por me relembrar desta obra-prima).

Livro pra crianças? Rá, até parece. Uma criança leria este livro como um adulto lê um jornal. Claro, para ela tudo aquilo é tão óbvio. Já o adulto já se esqueceu de que foi criança. Aliás, a criança que deveria existir morre quando a responsabilidade aponta (o que beira o absurdo, pois as crianças têm responsabilidades que muito adulto não aguentaria).

A verdade é que as crianças vivem em um mundo sem falsidades, sem meias palavras, muito mais cruel do que o "nossa, que penteado lindo" pela frente e "mocréia" pelas costas. Ir à escola pode ser um inferno, uma provação na vida de uma criança. Imagine o adulto indo trabalhar e todos os seus colegas xingando-o na hora do almoço. Ou o espertinho com um espelho no pé tentando ver debaixo da saia da chefe. Ê mundo cruel.

A maioria dos adultos não conserva esse espírito lindo que as crianças têm. E o piloto era uma dessas pessoas, até cruzar com o principezinho no deserto (na minha opinião, uma projeção dele próprio). E aquele final???? O QUE É AQUELE FINAL????? Não vou falar sobre. Apenas digo que acaba de subir até as colocações mais altas da minha selecionadíssima lista de tops. Leia. O que você acha daquele final?

Obs.: ok vai, confesso: "quase chorei" merda nenhuma. Chorei mesmo, e daí?

07 novembro 2006

Casa comigo, Colombina

Atenção senhores. Colombina vai falar:
"Ouvi, atentos, pois meu amor se compõe do amor dos dois.

Hesitante entre vós, o coração balanço, o teu beijo é tão doce, Arlequim... o teu sonho é tão manso, Pierrot...

Pudesse eu repartir-me e encontrar minha calma dando a Arlequim meu corpo...e a Pierrot, minha alma!

Quando tenho Arlequim, quero Pierrot tristonho pois um dá-me prazer, outro dá-me o sonho!

Nessa duplicidade o amor todo se encerra um me fala do céu... outro me fala da terra!

Eu amo, porque amar é variar e, em verdade, toda a razão do amor está na variedade...

Penso que morreria o desejo da gente se Arlequim e Pierrot fossem um ser somente.

Porque a história do amor só pode se escrever assim um sonho de Pierrot e um beijo de Arlequim!"


Colombina é tão objetiva às vezes, e tão tapadinha em outras, coitada.
Ela mesma conclui que o amor está na variedade (o que implica liberdade de escolha, o que, obviamente, implica liberdade). Ou seja, a coisa mais óbvia do mundo é um terror p/ ela: liberdade! O problema de Colombina seria fácil de ser resolvido: ficar com os dois. Claro, aí entram os dogmas morais baseados no cristianismo, blablabla, etc e tal. Aí sim está o problema, e não no fato de se amar duas pessoas.

Por outro lado, eu também discordo que se Arlequim e Pierrot fossem um só, o desejo morreria. Esse Arlerrot, de tão bom, provavelmente seria um chato! Mas não necessariamente. Por isso que eu gosto de ser quem eu sou! Sou chato, mas sou independente, e livre, e quero comigo quem queira ser livre! Nem que seja ter a liberdade de ficar tudo 'entre nós' (só alguém realmente livre entenderia a complexidade de se admitir que uma prisão pode, também, ser uma forma de liberdade).

Torço p/ encontrar alguém(ns) p/ ser(em) minha(s) versão(ões) feminina(s) do Arlerrot (ou do Arlequim e Pierrot). Pq esta frase foi colocada tanto no plural quanto no singular? Seja livre.

UPDATE - Sugiro a leitura de Máscaras, de Menotti Del Picchia, ao som do primeiro disco Los Hermanos (Los Hermanos).
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Ah, quanta filosofia nesse triângulo Pierrot - Colombina - Arlequim. Tenho muito o que falar sobre esta história.
Em tempo: estou relendo a bíblia. Gostaria de já ter postado algumas considerações sobre cada capítulo que vou lendo, mas a faculdade me obriga a não fazê-lo, tomando todo o meu tempo livre.
Em tempo (2): vou pausar a leitura bíblica e reler O Pequeno Príncipe, por motivos de força maior (talvez eu explique). E o Pequeno Príncipe me lembra das Aventuras de Babar (lembram-se? O elefante!). Quero comprar.

Acho que tenho assunto garantido até 2010...

internet zona livre

Vou falar rápido.

Quer dizer que o excelentíssimo senhor Senador da República Eduardo Azeredo (PSDB) quer acabar com o anonimato na Internet. Para qualquer um entrar na grande rede, será tão burocrático quanto abrir uma conta em um banco. Não estou exagerando. Os provedores deverão guardar os documentos de seus assinantes. Todos os acessos também serão armazenados. Ótimo. Privacidade? Não é necessário...
Motivo: acabar com o crime na internet. Pois é...

Será que o excelentíssimo senhor Senador já pensou que pessoas em motos cometem assaltos no trânsito? O que deveria ser proibido? Motos, ou o trânsito? Que tal instalar um chip em cada cidadão? Assim ele poderia ser monitorado 24x7, o que evitaria muitos crimes!

Será que sou só eu (duvido) que penso que isso vai completamente contra o processo de inclusão digital que acontece no Brasil? Olhem quantas vezes eu já falei sobre projetos de autoritarismo! E agora vem mais esse, e ainda de um sujeito do PSDB. Era só o que me faltava.

Bom, só p/ constar, espero a criação de um novo partido... Quem sabe, em breve, poderei escrever mais sobre isso.

Ditadura de Minorias - A questão do negro (parte 5)

Eu costumava discutir sobre esse tipo de assunto bastante, e era normal ouvir coisas como: "você não pode falar sobre isso, pois nunca sofreu preconceito" ou "você não sabe o que é ser negro, e não sabe o que é sofrer preconceito". Bom, sou obrigado a concordar. Nunca vou saber o que é ser negro. Mas geralmente meus interlocutores também não. E, mesmo se soubessem, aí seria o contrário, eles nunca saberiam o que é ser branco. O que quero dizer é que isso não é argumento numa discussão, ora. Geralmente, quem usa esse argumento já foi vencido com qualquer outro, e não tem mais como defender sua opinião, mas não consegue aceitar a derrota.

Em uma das discussões que tive com uma amiga, ouvi a seguinte pergunta: "Sabe o que é preconceito? Responda-me então, quantos negros trabalham com você. E mais, quantos amigos negros você tem?". Fiquei sem saber o que responder. Naquele dia cheguei a concordar com ela, em partes, mas fiquei de repensar, e fiquei realmente pensando sobre isso, tentando achar algum amigo negro para redimir minha "culpa". Não encontrei nenhum, e fiquei me sentindo a pior pessoa do mundo, já que o que eu defendia, eu mesmo provava que era demagogia.

Mais tarde, conversando com um amigo via Internet, reparei com surpresa na foto dele: ele era negro! Surpreendeu-me realmente. E me surpreendi lembrando de outros amigos que também eram negros. Concluí, então, que eu tinha sim amigos negros, mas só naquele momento me dava conta disso. Isso porque a cor da pele de quem está a meu redor nunca importara, somente passei a notá-la a partir do comentário preconceituoso da minha amiga "pró-negros". Fui obrigado a fazer uma segregação racial em minha mente, somente com o intuito de dizer para os outros: "vejam, eu tenho amigos negros, não sou preconceituoso".

Concluo esta lembrança com uma citação que li em um site, há algum tempo: Às vezes, falar muito de certos fantasmas só faz com que eles se tornem reais e mais fortes. Daquele dia em diante, eu vi meus amigos como "negros" ou "brancos" ou "orientais", quando antes eu via todos como "pessoas".

Meu humilde conselho aos negros é o mesmo que eu poderia dizer aos brancos, aos amarelos, aos índios, etc.: se quiserem respeito, saibam respeitar. Não adianta querer demonstrar superioridade, ou basear seus orgulhos ou suas requisições a governos na cor de sua pele. Vocês são tão capazes quanto qualquer outra pessoa. Eu, particularmente, me sentiria mal caso somente conseguisse entrar em uma universidade pela cor de minha pele. Eu jamais aceitaria tomar a vaga de alguém que obteve nota maior que a minha. Se fizesse isso, me sentiria um racista, obtendo vantagens sobre outra pessoa graças à cor da minha pele.

05 novembro 2006

Noite

A noite está (quase) perfeita. A lua está linda, redondinha. A temperatura está agradável. Dá p/ ver looooonge.
É, está tudo bem sob o céu.

04 novembro 2006

Rebeca e a morte

Delegado
- O que a senhora lembra daquela noite?

Rebeca
- Estávamos na mesa, aguardando o pedido. Estava tudo bem, ele estava alegre, ríamos. O celular tocou, e ele atendeu. Deu uma risada, perguntou como seu interlocutor estava, se tudo estava nos conformes. Não sei do que falavam. De repente, sua expressão ficou vazia. Ele olhava para o nada. Suspirou, e uma lágrima caiu de seu olho direito. Lembro-me que era do olho direito. Não sei porque esse detalhe ficou gravado na minha memória. A lágrima caiu, e rolou até o canto do lábio. Ele baixou a cabeça. Estava em silêncio desde quando mudou a expressão. Tirou o telefone do ouvido, olhou para o aparelho. Levantou-se e correu para o toalete.

- Fiquei surpresa, sem entender, mas achei melhor deixá-lo e perguntar o que acabara de ocorrer em outra hora.

(Rebeca acende um cigarro)
- Um barulho forte, de vidro quebrando, e todas as pessoas no restaurante viraram-se para o toalete. Quando uma funcionária entrou, um grito. Corri. E vi sangue por todo o lado. Ele quebrou o espelho, pegou um pedaço do vidro e o cravou em seu pescoço... (suspiro). Tentei alcançar o celular. O filho da puta apagou as chamadas recebidas.

Delegado
- Filho da puta!


(continua...?)

01 novembro 2006

Autoritarismo

Andei comentando recentemente sobre mudanças graves que podem acontecer neste país, graças ao projeto petista de controle. Autoritarismo descarado, em outras palavras. Pois é, ditadores sempre são carismáticos, felizinhos, dizem-se amigões do povo.

Enfim, essa nova era de esquerdismo burro que está assolando a América Latina chegou ao Brasil. O autoritarismo está em alta. Preparemo-nos para uma violência sem limites contra a imprensa livre. Sim, imprensa LIVRE. Como é hoje.

E eis que me deparo com o seguinte texto:
"Eu gostaria que o senhor aprofundasse, se fosse possível, a questão da mídia e o governo. A questão da mídia no Brasil, na minha modestíssima opinião não é apenas o fato de que a mídia no Brasil é uma mídia de oposição maciçamente, com exceções honrosas, como, por exemplo, a da Carta Capital, mas é também uma mídia que age no processo político e agiu no processo político. E a mídia, na minha opinião, tem se comportando como uma ameaça ao funcionamento do sistema democrático no Brasil. Como o presidente Lula deve reagir diante desse quadro que se agravou no primeiro mandato dele?"

Muito bem, é explícito o grau de autoritarismo neste texto. Vejam, a mídia é uma ameaça ao funcionamento do sistema democrático. A MÍDIA. Não é o autoritarismo nem a tentativa de tolher a fonte de informações do povo. A ameaça é justamente a fonte.
Segundo a pessoa, a Carta Capital é um oásis de imparcialidade. Justo ela, que ao publicar a edição com a matéria sugerindo que foi a Globo quem levou as eleições ao segundo turno, CORTOU diversas partes de uma transcrição de um telefonema, mudando totalmente o contexto. A conversa referia-se ao delegado Bruno, da PF, que liberou a foto da dinheirama do dossiê. Diga-se de passagem, ele cumpriu portaria interna da PF, que manda divulgar material para a imprensa sobre qualquer apreensão. Infelizmente, o que ele contrariou foi nada menos que o ministro da Justiça. Justiça? Rá rá rá!

Enfim, sabem de quem é o texto reproduzido acima? Paulo Henrique Amorim, entrevistando Ciro Gomes, o Estranho. Esta ABERRAÇÃO (o texto, não o Ciro) é de um dito JORNALISTA. Os repórteres da Veja que foram intimidados num depoimento na PF, ou os militantes petistas que agrediram repórteres em Brasília não são nem citados no blog do senhor Amorim.

Bom, não surpreende. Na ditadura explícita tbm existiam 'modelos' de jornalismo, como hoje o governo fala sobre a Carta Capital. Anote aí: mais dia, menos dia, TODAS as sessões de cinema, antes do filme, vão mostrar um Lula feliz, abraçando criancinhas e sendo ovacionado pelo povo.

E que contem comigo para derrubar o autoritarismo!
LIBERDADE!
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Em tempo: eu costumava ler a Carta Capital. Sinceramente, estou enojado. Onde ela estava quando o PT votava em massa contra qualquer proposta governista? Pq não criticou a falta de união, a falta de pensar no país em primeiro lugar? Agora acha que tem direito, tanto ela quanto o PT quanto Lula, de cobrar uma 'oposição responsável'??? Sinceramente, tenho certeza que o PSDB fará essa oposição responsável, pois não é igual à esse partidozinho autoritário à essa esquerda burra e stalinista. O 'melhor para país', antes do 'melhor para o partido'. Infelizmente, o PT acha que é o novo Partido Comunista, cujos militantes estavam mais preocupados com o que Stálin dizia, e não com seus próprios países. Lamentável.

Capacidade mental de um crente babão

O post que se segue é altamente prejudicial à sua saúde. Tenho certeza. Mas se quiser ler, problema é seu. É o seguinte: esse blog é meu, e esse post será p/ eu me achar. Sim, vocês verão o quanto eu me acho MTO mais inteligente!

Contexto: discussão sobre a existência de Jesus. O fato é que não existe nenhuma evidência.

A seguir, na íntegra, o 'diálogo'. Preparem-se, pois é longo. Na minha opinião, VALE A PENA, p/ aprender como NÃO ser.
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Henry, o sábio
Aloha! uauauauauauauauau esse assunto denovo , vc jaá se perguntaram por exemplo se Alexandre o G ? verdadeiramente existiu não certamenta por que convém aos individuos céticos orgulhosamente ignóbios que não aceitam que existem mais evidencia histórica dele do que do segundo o problema dar-se com a tranposição anagrâmica do nome,o qual em hebraico,(seguren-se algums desenformados) verdadeiramente é yeshua maghia.Por favor para com isso ,Ele não esta preocupado de modo que vc prove sua existência e sim em que vc se permita a sentir sua presença valeu fuiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!!!!!;;;;;;;;;;;.............


Eu, o burro
Que arrogância. Se jesus tivesse existido, ele reprovaria sua atitude.

Sobre Alexadre: existem textos de sua própria época sobre ele. O que não existe sobre jesus.

DesEnformados? Ignóbios? Tranposição? É, acho que os ignóbeis aqui são outros...
E arrogantes tbm. Odeio dar palpite sobre a forma como os outros escrevem, mas no seu caso eu não consegui me segurar. O problema não foi seu texto totalmente ridículo, sem pontuação (rá, pontuação! Exigir mto de quem nem sabe escrever as palavras, é exigir saber pontuá-las), mas a arrogância, como se VC tivesse a verdade absoluta.

Te defino em uma palavra: imbecil.

Att,



Henry, o sábio
A princípio,em momento algum me posicionei enquanto detentor daquilo que acredito vc nem chegar proxímo, tamanha tua inbecilidade, mais preocupado com correções ortográficas do que com a idéia precípua. As quais tu não sabes defender teus argumentos ridiculos que infelismente te mantem na zona proxímal do que séria aquela que pude fazer com que vc enchergar um pouco (a verdade sobre yeshua sem deturpações decorente do anagrama) há esqueci vc não sebe o que seguinifica, ridiculo para de falar sobre o que vc desconhece e apenas se limite a escutar no muito perguntar vai ser melhor pra vc pode crê., sua posição de animal acuado nos fez perceber, que sobre tudo eis um cara amplamente desenformado sem ética e pouco democrático, além defica vomitando coisas sem fundamento ;( quando afirma que não existem comprovações históricas de sua existência, pra seu governo e informação a biblia já esta sen usada enclusive pela arqueologia seu coitado).Te pergunto onde estão os restos mortais de teu Alexandre? Sobre yeshua ( perolas para vc porco) sua vinda fora anuciada séculos anterior e sua passagem descritas por homens que foram exemplos de honestidade fé e veraprobidade ( vá ao dicionario por favor). De modo que repodiu suas críticas sem fundamentos; repudiu vc que tece conjunctura arespeito do que não conhece.Na verdade não iria mais nem tc sobre esse assunto pois não estou preoculpado em provar sua existêmcia, visto que o homen não criou deus ,o homem sentil deus, coisa que pessoas como vc fica difício seu animal de cerebro atrófiado,por tanto mais próximo das plantas e dos irracionais do que de deus.

Sinto seu tiro sair pela colatra, antes de corrigir os outro procure o seu pai ( o dicionário )IGNÓBIO


Eu, o burro
Você quis falar difícil, mas o que falou não faz o menor sentido. Tente reler sua própria frase inicial e entendê-la. Sobre eu ser 'iNbecil' (tsc, tsc) por não saber defender argumentos ridículos, bom, isso não é verdade. Imbecil eu posso ser. Mas não por isso. Argumentos não são ridículos. Pode ser verdadeiro, ou falso. Pode ser atacado e cair, ou permanecer.
Nem posso falar dos seus argumentos, pois você não os possui. Você veio com um papo ridículo, mas argumento que é bom, nada.

Aliás, lendo o resto, vejo que sua lobotomia foi um sucesso! Você não consegue organizar um pensamento sequer! Deve estar babando enquanto martela o teclado tentando colocar suas (des)conexões cerebrais p/ (tentar) funcionar.

Animal acuado? De forma alguma. Acuado deve estar seu tratador enquanto você baba e grita e bate no teclado (estou tentando captar trechos de pensamentos no que você chama de texto).

Ah, meu caro, será que você, como eu, conhece o teu próprio livro sagrado? Acho que não. Parece que o 'desEnformado' não sou eu. Coisas sem fundamento? Ora, você que não entendeu. Azar o seu! Se acha que existe confirmação história p/ existência de Jesus (não a MINHA existência, como você sugere em seu amontoado de palavras), por favor, dê-me o (des)prazer de compartilhar essa informação contigo. Meus anos de estudo devem ter deixado passar algo que alguém cuja expressão é tão límpida certamente notou. Talvez um anjo tenha lhe soprado no ouvido. Ou talvez um anjo tenha batido sua cabeça na parede.

Não são necessários os restos mortais de Alexandre (que não era meu, ainda bem). Textos de sua própria época já servem como prova histórica.

Não se 'preocuLpe' mais, apenas vá estudar. Pegue seu livro sagrado e leia-o com mais calma, sem babar.

Desculpe se é 'difíciO' conversar comigo. Eu penso o mesmo de você. Nem entender o que você diz é coisa fácil. Pelo menos isso você consegue, de mim. Desculpe tbm pelo meu cérebro atrofiado. Pelo menos ele está inteiro. A parte atrofiada deve ser aquela onde eu aguento pacificamente e sorrindo quando um crente vem falar de algo que ele não conhece e ainda me diz que eu não sei do que ele está falando. Dá vontade de rir, isso sim. Tadinhos, 3 bíblias (e umas 10 leituras) depois, ainda tenho que ouvir isso. Coitado de quem decora versículos-chavão e acha que conhece o cânone inteiro.

Bom, se você sente o MEU tiro sair pela 'cOlatra' (o que é fisicamente impossível, pois se o tiro saiu pela culatra, quem deveria sentir sou eu, a menos que eu esteja com o cano da arma virada p/ mim mesmo), e está me sugerindo consultar o dicionário, o que eu devo te aconselhar, diante de toda essa sua grande sapiência linguística? Um doutorado em letras??? Um Nobel de Literatura?

hehehe, essa merece, vai ser publicada no meu blog.
Acesse-o, serás bem vindo. Já sei que não vai entender, e vai babar e bater a cabeça na parede soh de ler o nome. Mas saber disse me faz tão feliz......

Att,



Por fim, Henry, o sábio
PARECE QUE O DONO DA VERDADE AQUI NÃO SOU EU GALERA! o brigado pelos seus elógios seu mané falar difícil nunca foi meu problema ,no entanto seus anos de estudos não te permite cosistência e segurança no que fala no maximo se põe na contra mão da história cometendo anacronismos ,poir te tonou um cara ai ssim arrogante e ante demacrático.
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Vocês vêem os tipo que eu tenho que lidar? Eu mereço...