Atenção senhores. Colombina vai falar:
"Ouvi, atentos, pois meu amor se compõe do amor dos dois.
Hesitante entre vós, o coração balanço, o teu beijo é tão doce, Arlequim... o teu sonho é tão manso, Pierrot...
Pudesse eu repartir-me e encontrar minha calma dando a Arlequim meu corpo...e a Pierrot, minha alma!
Quando tenho Arlequim, quero Pierrot tristonho pois um dá-me prazer, outro dá-me o sonho!
Nessa duplicidade o amor todo se encerra um me fala do céu... outro me fala da terra!
Eu amo, porque amar é variar e, em verdade, toda a razão do amor está na variedade...
Penso que morreria o desejo da gente se Arlequim e Pierrot fossem um ser somente.
Porque a história do amor só pode se escrever assim um sonho de Pierrot e um beijo de Arlequim!"
Colombina é tão objetiva às vezes, e tão tapadinha em outras, coitada.
Ela mesma conclui que o amor está na variedade (o que implica liberdade de escolha, o que, obviamente, implica liberdade). Ou seja, a coisa mais óbvia do mundo é um terror p/ ela: liberdade! O problema de Colombina seria fácil de ser resolvido: ficar com os dois. Claro, aí entram os dogmas morais baseados no cristianismo, blablabla, etc e tal. Aí sim está o problema, e não no fato de se amar duas pessoas.
Por outro lado, eu também discordo que se Arlequim e Pierrot fossem um só, o desejo morreria. Esse Arlerrot, de tão bom, provavelmente seria um chato! Mas não necessariamente. Por isso que eu gosto de ser quem eu sou! Sou chato, mas sou independente, e livre, e quero comigo quem queira ser livre! Nem que seja ter a liberdade de ficar tudo 'entre nós' (só alguém realmente livre entenderia a complexidade de se admitir que uma prisão pode, também, ser uma forma de liberdade).
Torço p/ encontrar alguém(ns) p/ ser(em) minha(s) versão(ões) feminina(s) do Arlerrot (ou do Arlequim e Pierrot). Pq esta frase foi colocada tanto no plural quanto no singular? Seja livre.
UPDATE - Sugiro a leitura de Máscaras, de Menotti Del Picchia, ao som do primeiro disco Los Hermanos (Los Hermanos).
_____
Ah, quanta filosofia nesse triângulo Pierrot - Colombina - Arlequim. Tenho muito o que falar sobre esta história.
Em tempo: estou relendo a bíblia. Gostaria de já ter postado algumas considerações sobre cada capítulo que vou lendo, mas a faculdade me obriga a não fazê-lo, tomando todo o meu tempo livre.
Em tempo (2): vou pausar a leitura bíblica e reler O Pequeno Príncipe, por motivos de força maior (talvez eu explique). E o Pequeno Príncipe me lembra das Aventuras de Babar (lembram-se? O elefante!). Quero comprar.
Acho que tenho assunto garantido até 2010...
"Ouvi, atentos, pois meu amor se compõe do amor dos dois.
Hesitante entre vós, o coração balanço, o teu beijo é tão doce, Arlequim... o teu sonho é tão manso, Pierrot...
Pudesse eu repartir-me e encontrar minha calma dando a Arlequim meu corpo...e a Pierrot, minha alma!
Quando tenho Arlequim, quero Pierrot tristonho pois um dá-me prazer, outro dá-me o sonho!
Nessa duplicidade o amor todo se encerra um me fala do céu... outro me fala da terra!
Eu amo, porque amar é variar e, em verdade, toda a razão do amor está na variedade...
Penso que morreria o desejo da gente se Arlequim e Pierrot fossem um ser somente.
Porque a história do amor só pode se escrever assim um sonho de Pierrot e um beijo de Arlequim!"
Colombina é tão objetiva às vezes, e tão tapadinha em outras, coitada.
Ela mesma conclui que o amor está na variedade (o que implica liberdade de escolha, o que, obviamente, implica liberdade). Ou seja, a coisa mais óbvia do mundo é um terror p/ ela: liberdade! O problema de Colombina seria fácil de ser resolvido: ficar com os dois. Claro, aí entram os dogmas morais baseados no cristianismo, blablabla, etc e tal. Aí sim está o problema, e não no fato de se amar duas pessoas.
Por outro lado, eu também discordo que se Arlequim e Pierrot fossem um só, o desejo morreria. Esse Arlerrot, de tão bom, provavelmente seria um chato! Mas não necessariamente. Por isso que eu gosto de ser quem eu sou! Sou chato, mas sou independente, e livre, e quero comigo quem queira ser livre! Nem que seja ter a liberdade de ficar tudo 'entre nós' (só alguém realmente livre entenderia a complexidade de se admitir que uma prisão pode, também, ser uma forma de liberdade).
Torço p/ encontrar alguém(ns) p/ ser(em) minha(s) versão(ões) feminina(s) do Arlerrot (ou do Arlequim e Pierrot). Pq esta frase foi colocada tanto no plural quanto no singular? Seja livre.
UPDATE - Sugiro a leitura de Máscaras, de Menotti Del Picchia, ao som do primeiro disco Los Hermanos (Los Hermanos).
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Ah, quanta filosofia nesse triângulo Pierrot - Colombina - Arlequim. Tenho muito o que falar sobre esta história.
Em tempo: estou relendo a bíblia. Gostaria de já ter postado algumas considerações sobre cada capítulo que vou lendo, mas a faculdade me obriga a não fazê-lo, tomando todo o meu tempo livre.
Em tempo (2): vou pausar a leitura bíblica e reler O Pequeno Príncipe, por motivos de força maior (talvez eu explique). E o Pequeno Príncipe me lembra das Aventuras de Babar (lembram-se? O elefante!). Quero comprar.
Acho que tenho assunto garantido até 2010...
Um comentário:
Sempre quis ir a um casamento de um ateu??
Há padres ??
uouo
Exijo um convite. Não estou pedindo...nao faço isso. Estou exigindo.
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