09 novembro 2006

O Pequeno Príncipe

É um dos livros mais curtos que já li. Incrível como tão vasto conteúdo pode caber naquele pequeno maço de folhas. Sinceramente, da primeira vez que li, deixei passar várias coisas. Relendo, agora, quase chorei. Estou em êxtase (obrigado, raposa, meu segredo, por me relembrar desta obra-prima).

Livro pra crianças? Rá, até parece. Uma criança leria este livro como um adulto lê um jornal. Claro, para ela tudo aquilo é tão óbvio. Já o adulto já se esqueceu de que foi criança. Aliás, a criança que deveria existir morre quando a responsabilidade aponta (o que beira o absurdo, pois as crianças têm responsabilidades que muito adulto não aguentaria).

A verdade é que as crianças vivem em um mundo sem falsidades, sem meias palavras, muito mais cruel do que o "nossa, que penteado lindo" pela frente e "mocréia" pelas costas. Ir à escola pode ser um inferno, uma provação na vida de uma criança. Imagine o adulto indo trabalhar e todos os seus colegas xingando-o na hora do almoço. Ou o espertinho com um espelho no pé tentando ver debaixo da saia da chefe. Ê mundo cruel.

A maioria dos adultos não conserva esse espírito lindo que as crianças têm. E o piloto era uma dessas pessoas, até cruzar com o principezinho no deserto (na minha opinião, uma projeção dele próprio). E aquele final???? O QUE É AQUELE FINAL????? Não vou falar sobre. Apenas digo que acaba de subir até as colocações mais altas da minha selecionadíssima lista de tops. Leia. O que você acha daquele final?

Obs.: ok vai, confesso: "quase chorei" merda nenhuma. Chorei mesmo, e daí?

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