31 maio 2007

RCTV

Engraçado como as esquerdas são iguais em qualquer lugar. Meu último post foi justamente sobre a tal mídia manipuladora, aquele ser estranho que consegue audiência mostrando o que o povo NÃO quer ver. A esquerda é tão democrática que apenas é livre quem concorda com esses absurdos. Quem discorda é manipulado.

O Chavez fechou a RCTV. Milhares estão protestando contra esse abuso, e outros tantos estão em passeatas a favor. É fato que quem está contra é maioria nessas passeatas. E eis que me deparo com uma notícia na qual um mané estudante (equivalente à UNE) que apóia esse ato ditatorial levanta de novo a mesma coisa: "os estudantes bolivarianos e revolucionários estão esperando há muito tempo a oportunidade de ver a RCTV fora do ar, pois estamos cansados de tanta manipulação e mentira, impregnando a mente dos venezuelanos".

Pera aí, como que é? Os democráticos estavam esperando há tempos calar uma voz contrária às suas idéias ridículas? Pq? Pq estavam cansados de manipulação impregnando a mente dos venezuelanos? Como assim? Mesma coisa que o post do abaixo! Vejam a lógica desse povinho bunda: as pessoas ESCOLHEM ver essa tal RCTV, logo, a RCTV está manipulando as pessoas. Não, a pessoa jamais veria esse canal por livre vontade. É manipulação. A rede, em sua programação, envia sinais hipnóticos com a mensagem "nos assistam mais e mais".

Aí o senhor Bob Fernandes, um completo idiota, quando editor da Carta Capital, outro lixo, entrevistou o dono da atualmente única rede contrária ao ditador Chávez, e fez a questão: "Não há algo estranho em um país quando, em meio a uma grande crise, as faces da oposição não são as dos políticos e sim a dos donos dos meios de comunicação? Como, por exemplo, o senhor...".

Na minha opinião, há veneno nessa pergunta. Na minha visão, ela sugere que se não há políticos na oposição, e sim meios de comunicação, isso caracteriza manipulação das massas contra um governo tão perfeito que ninguém se opõe. Ora, como se um político pudesse ser contra Chávez! Será que esse político não amanheceria com três tiros nas costas e uma nota de suicídio?

Seguindo, na minha opinião essa pergunta tem uma resposta simples, que, claro, não era o objetivo de seu autor. Sim, há algo estranho em um país quando aquilo acontece. Isso mostra que o país está caminhando p/ uma ditadura, que não aceita oposição. Isso mostra que a liberdade é cada vez mais cerceada, até acabar.

Quero ver esses "jovens revolucionários" que apóiam esses ataques à liberdade, quando tiverem alguma discordância do governo, serem sumariamente calados. Provavelmente vão procurar novos revolucionários para montar guerrilhas, vão chamar o governo de reacionário (aí é que está o ponto: o governo não mudou nadinha!), e não vão sequer perceber que esse governo sempre foi assim, pois não têm capacidade de sequer fazer um paralelo entre situações.

É, a América Latina está indo para o buraco. Ainda resta democracia no Brasil. Não pq Lula seja melhor que Chávez, mas sim pq o Brasil é melhor que a Venezuela. Por enquanto. Vamos ver quanto tempo temos até a censura prévia ser reinstaurada, e as redes comecem a ser punidas quando discordarem do governo.

E já posso até antever aquele imbecil completo que está invadindo a reitoria da USP vibrando quando o governo fechar a Globo: "os estudantes brasileiros e revolucionários estão esperando há muito tempo a oportunidade de ver a Globo fora do ar, pois estamos cansados de tanta manipulação e mentira, impregnando a mente dos brasileiros".

E lá vamos nós, de novo, lutar por liberdade. Mas isso só daqui a uns 40 anos...

24 maio 2007

A mídia manipuladora - Parte 2 de 2

Aliás, esse assunto me alavanca um outro: EU NÃO ENTENDO QUEM DIZ QUE A GLOBO/VEJA/QUALQUER GRANDE MÍDIA MANIPULA AS PESSOAS! Como assim, manipula? Se as pessoas é que escolhem o que vão assistir, e, por livre e espontânea vontade apontam seus controles remotos para a TV e ESCOLHEM a Globo, COMO ela manipula alguém?

Na minha opinião é EXATAMENTE o contrário! Se o PÚBLICO não gostar de algo que a Globo veicule, vão deixar de assistir e ver Record, SBT, sei lá, e a GLOBO é quem vai ter que alterar sua programação para voltar a ter audiência! Ora, a manipulada é a Globo!

Recebi um e-mail falando que a Globo manipula o Big Brother com a intenção de aumentar o IBOPE, mostrando coisas que o povo não queria ver. Fiquei espantado, pq sei que existe gente que pensa isso! Aqueles ridículos da FFLCH, por exemplo.

Será que não é o caso de incorporar a Lógica ao currículo escolar PRIMÁRIO? Vamos a uma análise rápida: o IBOPE não é justamente o que mede a audiência? A audiência não vem justamente do povo ESCOLHER aquele canal? A ESCOLHA daquele canal não vem justamente da VONTADE da pessoa? Então, se o IBOPE aumenta, como alguém pode afirmar que o povo NÃO quer ver o que está sendo veiculado?

19 maio 2007

A mídia manipuladora - Parte 1 de 2

Vejam que contradição: ser diferente está na moda. Todo mundo quer ser diferente, não seguir regras, ser rebelde. Claro, até um limite geralmente beeeem seguro. Fico me perguntando: será que essas pessoas que repudiam o que é popular não percebem que o ato de querer ser diferente é popular?

Eu gosto de Shakira e da Fergie. Da Shakira, eu gosto há muitos anos, não só agora. Da Fergie, só agora. Antes nem sabia que ela existia. Mas eu sou um cara, digamos, alternativo, e aí estranham o fato de eu gostar de artistas da moda.

Geralmente quem estranha é o mesmo que grita contra as rádios da moda, os jabás, essas coisas. Eu não consigo entender isso! Qual é exatamente o problema de uma gravadora pagar para uma rádio tocar tal música? Tanto a gravadora quanto a rádio são entidades privadas. Não venham com o papinho de que isso é manipulação. Não é a rádio que obriga a pessoa a gostar da música.

Eu entendo que funciona assim: a gravadora paga para a rádio, a rádio toca para as pessoas, e SE as pessoas gostarem da música, irão comprar os CDs, etc. Se não gostarem, bom, a rádio pára de tocar a música. Onde aí está a manipulação? Só se for da rádio!

Aí sempre tem o cara que achava que era roqueiro e fala que a 89 se vendeu, blablabla. E daí? Será que é difícil entender que se trata de uma instituição privada que visa lucro? O que o rebeldezinho queria? Que a 89 NÃO tocasse o que o público quer ouvir? Aí sim ela seria boa. Pelo menos até fechar, por não ter como pagar as contas.

Uma empresa vive de prestar determinado serviço. O serviço de uma rádio do perfil da 89 é entreter, e eventualmente informar. Entreter QUEM? Qualquer pessoa? Não. Somente aqueles que gostam do tipo de música que a rádio toque. Quem gosta de sertanejo não vai ouvir a Kiss. Como qualquer empresa, as rádios querem mais lucro, ou seja, querem crescer. Ela vai conseguir crescer atendendo o 0,1% da população que gosta de heavy metal? Ou vai ser mais fácil se ela tocar o que 98% da população gosta?

Eu sei, é triste se você gosta de uma rádio e ela começa a tocar outro tipo de música, que você não suporta. Mas paciência, significa que você está ficando velho! A rádio certamente não mudou seu público alvo. Pelo contrário: se adaptou a ele. A 89 sempre foi voltada aos jovens. Os jovens da década de 90 gostavam de rock. Os jovens da década 2000 gostam de outra coisa. E a 89 os atendeu. Está corretíssima!

18 maio 2007

Sacrifício

Acho que não existe nada que eu admire tanto em um ser humano como a capacidade de se sacrificar por algo. Definitivamente não existe maior prova de amor. Mas o que realmente me é tocante, me leva às lágrimas, é quando uma pessoa sacrifica seu relacionamento quando ela própria ama o companheiro(a).

Essa música nova da Fergie (Big girls don't cry) fala exatamente sobre isso! A menina ama o rapaz, sabe que vai sentir saudade, mas precisa resolver um problema consigo mesma. Ela percebe o quanto a relação se desgastaria se continuassem insistindo. Eu adoro pessoas que sabem o que querem, e não insistem no que só traz dor.

É triste (e bonito) demais ver alguém deixar o comodismo e, mesmo sabendo que vai sofrer, levantar e mudar. Fico pensando no quanto eu mesmo já sofri no passado por ter esse medo de mudar. Quanto tempo eu perdi insistindo em algo que, claramente, não valia a pena. Não que eu não amasse o suficiente, mas às vezes, só amor não basta.

Por outro lado, penso na outra parte sofrendo. Na música da Fergie, o cara no avião indo embora p/ sua cidade natal. Sofrendo, sim, mas inteligente p/ entender que a única ação possível foi tomada, antes que fosse tarde demais. Acho que é até uma falta de respeito quando as pessoas não respeitam o sacrifício de alguém. Puxa, a pessoa sofre p/ mandar quem se ama ir embora! E aí a pessoa não vai! Fica insistindo, não percebe o tamanho do ato de amor que acabou de acontecer!

Hoje tô multimídia. Já falei da Fergie, agora vou falar de TV. Sempre pensei no Kevin, de Anos Incríveis. Quanta bobagem aquele moleque fazia! Quantas vezes ele DEVERIA ter chegado logo na Wendy (era isso, né?) e se declarado! Mas não! Ficava ela esperando a declaração, e ele rodeando, mas nunca indo ao ponto! Guardando p/ ele. Mas ele estava certo!

Haveria amor enquanto houvesse a POSSIBILIDADE de haver algo concreto entre os dois! Se houvesse DE FATO algo entre os dois, a chance desse amor acabar seria grande. E pior, nem a amizade sobreviveria. Eles aproveitaram a adolescência, viveram juntos, se amaram.

Da TV para os filmes, também não deixa de ser um sacrifício o que o David Aames fez, em Vanilla Sky, ao escolher voltar à vida, mesmo sabendo que todos os que conhecia estariam mortos, e sua vida seria difícil, bem mais difícil do que o sonho em que vivia. Ele amava tanto Sophia que ficou feliz sabendo que nunca mais a viu em vida, o que significava que ele não havia a assassinado. Na minha opinião, o diálogo mais triste de todos os tempos: ele, prestes a voltar à vida, e ela, um sonho dele, apenas.

Acho que as pessoas se enganam quando pensam que amam alguém. É difícil ver alguém que REALMENTE ama outra pessoa. Isso só pode acontecer se quem ama quiser o bem do amado. Quiser que o amado seja feliz, independente da situação. Na minha cabecinha, só isso é amor. Querer alguém p/ si não é amor, é obsessão. Querer a FELICIDADE de alguém, incondicionalmente, isso sim é amor.

De fato, eu realmente amo muitas pessoas, desinteressadamente. Não espero amor de volta. Apenas desejo e faço o meu melhor para a felicidade de quem eu amo!

"E nos encontraremos em outra vida, quando formos gatos". Em outra vida. Gatos!!!
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Quero falar muito mais sobre isso! Não quero nunca deixar de falar sobre amor!

13 maio 2007

Humildade e arrogância (Parte 1 de 2)

Humildade

Todo mundo acha que ser humilde é algo bom. Não é. Humildade é a tentativa do fraco de ser virtuoso. Ah, é politicamente incorreto falar isso, claro, pq é politicamente incorreto lembrar o fraco que ele é fraco. Somos uma nação de fracos pq são poucos os que se sobressaem, os que conseguem vencer a inércia do falso virtuosismo. Quando uma pessoa melhora? Quando percebe que há espaço para melhorar. Quando percebe que é fraca, inútil. Se a pessoa acha que é virtuosa, não moverá uma palha para mudar algo.

Ok, a conversa está um tanto abstrata, então, vamos a algumas definições. A moral é o que diz se o sujeito é bom ou mau, correto ou incorreto, honesto, vil, ganancioso. Mais: a moral é o que define exatamente o que é ser cada um desses adjetivos. Por exemplo: o orgulhoso e o ambicioso sempre foram vistos (e em partes ainda são) como maus, pq a moral religiosa que dominou o mundo era clara quando dizia que orgulho e ambição eram ações do demônio, coisas assim. Ninguém usava esses adjetivos para elogiar, somente para prejudicar. Hoje em dia, é comum dizer que alguém é ambicioso ou orgulhoso sem o viés pejorativo.

Voltando à definição, notamos também que não só o adjetivo em si muda seu viés de acordo com a moral, como esta também indica a aplicação desse adjetivo em determinada pessoa de acordo com suas atitudes. Um pedófilo hoje é mal visto, mas na Grécia Helênica era normal e saudável. Um escravocrata hoje é mal visto, mas em 1800 era normal e politicamente saudável.

Com essa definição em mente, observemos a utilização do adjetivo 'humilde': eufemismo para pobreza, ou confusão com timidez e/ou incapacidade. Ser pobre é bom? Ok, no Brasil de hoje, até é. O pobre tem muitas vantagens, além de ser um estilo de vida, como podemos ver em programas de TV que aclamam o gueto, a periferia, as favelas. Não, morar numa favela já foi coisa lamentável, ruim, triste. Hoje é alegria. Voltarei a esse assunto mais tarde. Por enquanto podemos apenas nos ater à aplicação do termo 'humildade'. Não, não é bom ser pobre, passar fome, ser miserável. Esse pobre não é humilde: é pobre.

Existe também aquele pobre coitado que mal abre a boca, que apanha de tudo que é lado, que não sofre mais por falta de espaço, e, rendido dentro de si mesmo, é incapaz de se sobressair. Também é chamado, pela maioria, de humilde. Humilde por sequer tentar se impor. Por aceitar a submissão. E é esse o ponto.

Humildade é isso: aceitar a submissão. Justamente para que o submisso mantenha-se submisso, ele próprio cria um mito de que isso é virtude. Obedecer é virtuoso. Ser pobre é virtuoso. Não à toa somos a maior nação católica do planeta. O cristianismo tem como pilar a regra de que ricos são maus, somente pobres é que entram na vida eterna. Esses são os humildes. Reparem: não importa se o cidadão seja pobre mas tenha pensamentos reprimidos que escandalizariam Lúcifer em pessoa. O que importa é PARECER humilde, não SER humilde.

Reparem que interessante: populações religiosas hoje clamam contra a ditadura das aparências, chamam os jovens a SEREM, não PARECEREM. Não viverem de posses e de poder, e sim de abnegação e pudor. Com que finalidade? PARECEREM castos e puros, quando na verdade não são. São reprimidos que se sentem mal por sentir atração física por outra pessoa.

Ok, mas e a essência da palavra 'humildade'? Muito bem, realmente a essência dessa palavra parece virtuosa. Humilde é o sujeito que NÃO se vangloria por ser melhor que os outros. Mas há uma premissa EXPLÍCITA nessa definição: o sujeito PRECISA ser melhor que os outros. Ser melhor que quem? Depende da base de comparação. Se o Bill Gates e eu estivermos juntos e ele disser que tem 50 bilhões, ele está deixando de ser humilde? Ora, mas ele não trabalhou, teve idéias, gerenciou, administrou, viveu pela empresa que hoje lhe dá essa cifra? A pessoa sentir alegria por ser recompensada pelo seu trabalho é, por si só, matar uma virtude? Não, acho que não.

Então humildade é outra coisa. Vejamos: e se o Bill está feliz, espalhando a todos que tem 50 bilhões, aí aparece o sultão de Brunei e fala que tem 100 bilhões? O sultão não está sendo humilde? Bom, ele acabou com a alegria do Bill. Mas e daí? Se a alegria do Bill é baseada nisso, então o sultão não tem culpa por estragá-la.

Acredito que humildade (no sentido essencial da palavra, não no uso que as pessoas fazem dela) seja o ato de não sentir essa alegria em um momento em que não faz sentido sentí-la. Se alguém está passando fome ao lado de Bill, ele não tem a menor obrigação de ajudar essa pessoa, e tem todo o direito de continuar sentindo-se feliz pelos seus 50 bilhões, ENTRETANTO explicitar essa alegria naquele momento é desnecessário. Mas seguindo essa idéia, o sultão também deixou de ser humilde, pois não havia necessidade de falar ao Bill que ele tem 50 bilhões a mais e acabar com sua alegria.

Humildade, portanto, resume-se a:
1 - Ser melhor que sua base de comparação.
2 - Deixar todos ao redor (que são os que vão dizer quem é virtuoso) saberem que você é melhor que sua base de comparação.
3 - Deixar que a base de comparação pense que é melhor que você.

Nota-se que ser humilde é, na verdade, enganar o coitado, fazendo com que ele ache que é melhor que você, e de uma forma que todos ao redor tenham dó do coitado que se acha melhor. Assim, você será aplaudido por não acabar com a alegria do coitado por ser melhor que ele.

Ops, mas que virtude é essa que consiste em alimentar o vício alheio?

05 maio 2007

Falando bem da igreja - Parte 2 de 2

Secularização e hipocrisia

A igreja tem quase 2 mil anos. Já foi bombardeada por muita gente inteligente, mas se mantém de pé. Pq? Muitos não vão entender o que estou fazendo, pois, como disse, adoro bater na crença dos outros. Mas pretendo defender certos pontos da igreja.

A igreja é extremamente coerente em tudo o que diz. Sempre segue a lógica, exceto por um 'pequeno' detalhe: essa lógica que ela segue se INICIA com premissas que não são verificáveis, tipo, que deus existe. Assim sendo, é fácil concluir que, se tudo que segue uma premissa inválida também é inválido, então todo o pensamento religioso é inválido. É exatamente isso o que eu penso.

Mas, como bom agnóstico, eu aceito que posso estar errado e aí todo o resto deixará de ser inválido. Portanto, eu vou defender a igreja católica, nesse momento, a respeito de seu discurso moral, não sobre o lado religioso. Isso pq p/ maioria das pessoas, o problema da igreja (e daí seu afastamento) é justamente nessa inflexibilidade moral. A parte religiosa é tão boa p/ essas pessoas que elas pegam somente essa parte, e ficam acreditando que falam diretamente com deus, ou algo assim.

Critica-se muito a igreja por defender valores morais que não só perderam força como alguns sequer existem mais. Hoje em dia ninguém mais critica adolescentes por fazerem sexo. Pelo contrário, distribui-se camisinha nas escolas (eu sou contra essa parte, mas é assunto p/ outra hora). Hoje em dia é normal que pessoas casadas se divorciem. Entretanto, como disse, a igreja é extremamente coerente nesses quesitos.

Para quem critica a igreja pelo todo, tudo bem. Para quem critica pela secularização, ok. Mas beira o ridículo aqueles que criticam a igreja acusando-a de fazer mal à pessoa por causa dos seus valores MORAIS (não confundir com a parte religiosa, pois eu tbm acho que a igreja faz mal à mente da pessoa). Explico melhor: acho ridículo que certas pessoas acusem a igreja de 'ajudar' a proliferar a Aids pq ela é contra o uso da camisinha e sempre recomenda que seus fiéis não a usem.

Esse tipo de acusação é ridícula. Se existir alguém que deixe de usar camisinha pq a igreja manda, mas ignora a parte que a igreja manda não fazer sexo fora do casamento, então a pessoa não está seguindo o que a igreja manda porcaria nenhuma! Essa pessoa é hipócrita. A PESSOA é que é culpada por isso, não a igreja, pois a igreja é, como eu disse, bem coerente: não use camisinha E não faça sexo fora do casamento. O que a igreja manda é isso, não somente uma parte disso.

Esse tipo de acusação contra a igreja me deixa irritado por dois motivos. Em primeiro lugar, pq é uma acusação falsa. Em segundo lugar, pq é falta de caráter. A pessoa TEM liberdade para escolher como agir, inclusive podendo escolher se vai agir como a igreja determina ou não. Se ela escolher agir como a igreja determina e der algo errado, não concordo que se culpe a igreja, pois a pessoa teve a liberdade de escolher seguir o que foi determinado ou usar seu próprio cérebro. Mas, nesse caso, até entendo que se culpe a igreja. Agora, se a pessoa escolhe agir de outra forma que não a que a igreja determina, aí não faz o MENOR sentido culpá-la se der algo errado!

Ah, mas o hipócrita é aquele que quer apenas o lado bom de tudo: não quer seguir uma doutrina, quer fazer o que bem entender, e, como desculpa para seus atos, quer usar justamente a doutrina que recusou seguir. Ou seja, quer fazer sexo sem camisinha. Aí p/ justificar seu ato, diz que foi a igreja quem determinou que não se deve usar camisinha. Entretanto, o hipócrita não seguiu aquela parte que diz que tão errado quanto usar camisinha é fazer sexo fora do casamento.

Definitivamente, as pessoas não sabem ter liberdade. Eu, que sou totalmente contra doutrinas, sinto-me obrigado a defender doutrinas. Sinceramente, se existisse um botão que pudesse acabar com o mundo e estivesse ao meu alcance, eu apertaria, sem pensar duas vezes.