20 dezembro 2006

Interações Humanas

Rápidas considerações filosóficas sobre o amor

Amar é o mesmo que pular de um prédio sem saber se haverá um colchão de ar esperando lá embaixo (considere que você não morre, apenas se machuca muito se o colchão não estiver lá): você pode se ferir, e todo mundo vai te achar um panaca por ter se arriscado à toa, ou você pode sobreviver e ser aclamado como um herói corajoso. Pegaram a analogia? Não? Tudo bem, eu já ia explicar melhor mesmo...

Existem pessoas que amam loucamente uma vez, quebram a cara por algum motivo, e se fecham em um casulo que impede a entrada de qualquer outro ser. Por outro lado, existem pessoas que de alguma forma sabem que vão quebrar a cara (talvez já tenham visto alguém sofrer por amor, sei lá), e já saem de fábrica com esse muro construído.

Bom, é uma forma de proteção, não há como negar. Efetivamente, pessoas assim não sofrem por amor. Mas também não são plenas. Não sabem como é bom o frio na barriga que dá se jogar, mesmo correndo esse grande risco.

Amar é uma arte. Você sofre muito p/ aprender. Na verdade, é como qualquer aprendizado. Você cai, mas precisa levantar. Ora, imagine se ao cair, você resolvesse ficar no chão. Ou então se você visse alguém caindo, e resolvesse que não deve se arriscar.

Há aqueles que acham que nunca mais vão amar ninguém como o primeiro amor, ou o segundo, ou o terceiro. São pessoas que se prendem de tal forma que se tornam dependentes, e não complementares. A relação deixa de ser amor p/ ser pura necessidade.

Quantas vezes podemos amar? Depende de quantas vezes será necessário. Ao gostar de alguém, goste de verdade. Se isso trouxer dor, esqueça e siga a vida. Ame-se em primeiro lugar, e em segundo, a humanidade, e não humanos específicos. Não seja dependente de ninguém, a não ser de si próprio.

Resumindo: para amar de verdade, e aproveitar os bônus que isso traz, é preciso ser otimista, ver sempre as coisas boas que acontecem. Enxergar que não é pq um relacionamento terminou que significa que não deu certo. Ora, quantas coisas boas você aprendeu, e/ou viveu?

Aprender: esse é o sentido da vida.

Fui muito vago? Falaremos disso novamente.
No próximo episódio: o que é beleza e o que atrai?
Nos próximos: Canção do amor maior e Canção do amor eterno (nomes provisórios).

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