26 janeiro 2007

Leis - Parte 3 de 4

Sobre as leis na política (encaro essas como o caráter filosófico da palavra), essas são convenções morais. Algo que se define em nome do Estado, que é nada mais do que a união de todas as nossas forças.

Bom, sobre o Estado, que é o 'pai' das leis: ele foi concebido para ser o detentor de toda a força de um grupo, de forma que uma pessoa em específico jamais será forte o bastante para, por exemplo, tomar algo de outra (assim, a lei do mais forte mantém-se, mesmo com o fato de estarmos fora do nosso 'estado natural').

Porém, o Estado, que é a união das forças de seus cidadãos, precisa de algo que impeça (ao menos, dificulte e gere consequências) que a ação do indivíduo mais forte prejudique o mais fraco: são as leis.

Determina-se regras e punições para o caso da violação dessas regras. Mais ou menos assim (dinâmica do Estado): se estamos na natureza, isso é perigoso, pois hoje eu tenho um lugar p/ morar, mas qualquer um mais forte que eu pode vir e tomá-lo de mim. Meus vizinhos vivem na mesma situação, sob o mesmo medo.

Então nós nos unimos, ou seja, unimos nossas forças em uma entidade (essa é a convenção de Estado), e definimos o que é certo e o que é errado: "Tomar a casa de alguém é errado, e a pena é a morte", por exemplo. Assim, se um dia meu vizinho mais forte quiser o que é meu, o Estado baixará sua mão forte sobre sua (dele) cabeça, me protegendo.

Assim, tudo continua como sempre, mantendo-se a lei natural do mais forte. Claro que, para tudo isso funcionar, todos nós abrimos mão de um pouco de nossa liberdade, pois individualmente já não podemos usar a lei do mais forte a nosso favor p/ tomar o que é do mais fraco. Mas enfim, abrimos mão de nossa liberdade em nome de segurança e estabilidade, o que fez nossa raça prosperar e estar prestes a acabar com o planeta, de tão prósperos que estamos (pretendo falar sobre estabilidade de sistemas no futuro).

Claro que todo esse processo é algo que leva muitas gerações, e hoje vemos o Estado como algo independente de nós. Às vezes, até como algo CONTRA a população, o que é absurdo, já que a essência do Estado VEM da população, é a UNIÃO da população, mas ninguém nota isso.

Portanto, lei estatal/filosófica é isso: convenções do grupo para que a estabilidade do sistema seja mantida e o indivíduo mais fraco não sofra ao bel prazer do mais forte, já que ninguém, individualmente ou em grupo, é mais forte que a figura do Estado.

2 comentários:

Anônimo disse...

Voltei, tudo bom ??? Sou a favor do aborto !!! Se quiser, conta comigo pra defender essa idéia !!!
Ah, não use a palavra aborto, e sim, interrupção de uma gravidez indesejada. BJS!!!

Anônimo disse...

Não é que seja "politicamente correto", até por que odeio essa designação; o caso é que o aborto nada mais é do que isso : uma interrupção de uma gravidez indesejada.